Episódio #77 – Aequanimitas

William Osler é um dos ícones da medicina, sendo inclusive por alguns referido como o pai da medicina moderna. Em 1889, no discurso de despedida da Universidade da Pensilvânia, intitulado “Aequanimitas”, destaca duas características do médico necessárias para a boa prática clínica, para o bom desempenho na vida em geral e que contribuiriam para o sucesso profissional tanto quanto auxiliariam no trato com os infortúnios e insucessos. São elas a imperturbabilidade e a equanimidade.

Episódio #76 – Discrepâncias no diagnóstico psiquiátrico entre EUA e Reino Unido

Em 1971 Robert Evan Kendell e colaboradores publicaram um artigo que explorou de maneira muito inteligente as diferenças entre duas importantes escolas da psiquiatria. O artigo intitulado “Critérios diagnósticos de psiquiatras nos Estados Unidos e no Reino Unido” é um clássico, que junto a outros foram a força motriz de uma importante mudança na maneira como nós psiquiatras fazemos diagnósticos.

Episódio #74 – Polifarmacoterapia em pacientes com esquizofrenia

Novas evidências colocam em dúvida a orientação já estabelecida em diversos protocolos de tratamento para pacientes com esquizofrenia, qual seja: priorizar o uso de uma única medicação, um antipsicótico, no tratamento de manutenção de pacientes com esquizofrenia. Além de apresentar estes novos dados, discutimos nesse episódio aspectos práticos da tomada de decisão clinica baseada nas evidências disponíveis na literatura.

Episódio #73 – Salsichas e classificações psiquiátricas

Em um simpósio de psiquiatria aqui em Ribeirão Preto, há muitos e muitos anos, eu coordenava uma mesa redonda sobre classificação em psiquiatria quando pela primeira vez ouvi a analogia entre classificações psiquiátricas e salsichas: ninguém sabia direito o que tinha nelas e nem como eram feitas. Não é verdade que não se sabe o que uma classificação psiquiátrica contém. Transtornos mentais, obviamente, conforme sua concepção na época em que foi feita a elaboração nosológica. Apesar das críticas aos sistemas de classificação atuais, DSM-5 e CID-11, mostramos nesse episódio que ainda não foi encontrada uma alternativa à altura do que já temos.

Episódio #72 – Donald Klein e a descrição do Transtorno de Pânico

Em 1964, Donald Klein publicou um artigo intitulado "delineamento de duas síndromes de ansiedade responsivas a medicamento" em que descreveu com detalhes o efeito terapêutico diferencial da imipramina em pacientes com ansiedade episódica. Esse é o clássico que comentamos no episódio de hoje. Tivemos também o cuidado de recuperar o contexto em que se deu essa publicação, um marco na história da psicofarmacoterapia e um bom exemplo da contribuição da psicofarmacologia clínica para a nosologia psiquiátrica!

Episódio # 71 – O que é um transtorno mental?

Por que e como a mente adoece? Esta é uma pergunta com a qual nós clínicos nos deparamos diariamente. Kenneth Kendler publicou um artigo em 2008 no American Journal of Psychiatry intitulado “Modelos explicativos de transtornos psiquiátricos” em que discute suas ideias sobre como podemos entender o processo do adoecimento mental. Longe de dar uma resposta definitiva, o professor e pesquisador propõe um modelo bastante útil. Vamos às ideias de Kendler!

Episódio #70 – PQU entrevista Valentim Gentil Filho

O Prof. Valentim Gentil Filho é Professor Titular de Psiquiatria da FMUSP desde 1994. Suas áreas de interesse profissional incluíram mecanismos de regulação do humor normal; a importância da angústia como resposta emocional; a contribuição da maconha na gênese de transtornos mentais; e o aprimoramento dos serviços e políticas públicas de saúde mental. Na generosa entrevista que nos concedeu falou delas e de muitas passagens de sua vida profissional, além de ter compartilhado conosco um pouco de sua erudição e sólida formação em psiquiatria.

Episódio #69 – O fechamento da Entrevista Psiquiátrica

Com esse episódio do PQU Podcast completamos a série sobre a estrutura da entrevista psiquiátrica. Nele abordamos a fase de fechamento da entrevista, a que vem em seguida ao corpo da entrevista. O fechamento é feito em aproximadamente 15 minutos – de uma entrevista padrão de 50 minutos – e é a fase em que o médico mais fala, valendo-se da orientação terapêutica, que engloba explanação sobre as hipóteses diagnósticas, sobre o que se deve esperar do tratamento e o esclarecimento de dúvidas que certamente aparecerão.

Episódio #68 – Refratário, Resistente ou de Difícil Manejo?

Aquele seu paciente, independentemente do diagnóstico – depressão, TOC, transtorno de pânico ou esquizofrenia – e que não está evoluindo bem depois de pelo menos três tratamentos corretamente realizados (em termos de duração e dose de medicamentos ou de técnica, frequência e aproveitamento de abordagens psicoterápicas) provavelmente será considerado portador de um quadro resistente, refratário ou, de maneira mais realista, a nosso ver, de difícil manejo.