O tratamento da dor é um desafio dos mais difíceis para a medicina. Não é à toa que muitas especialidades médicas se ocupam do tema. A psiquiatria poderia ser uma delas? São muitas as interfaces entre a experiência dolorosa e o funcionamento da mente, dor crônica e transtornos psiquiátricos, mas, deveria por isto a medicina da dor fazer parte da formação básica de todo psiquiatra?
A síndrome de abstinência ao álcool costuma ocorrer quando um paciente com transtorno do abuso do álcool grave, um bebedor pesado, interrompe seu uso abruptamente. O quadro clínico inclui, em intensidade variada, manifestações de hiperatividade autonômica, ansiedade, insônia, agitação, náusea, vômitos e tremores de extremidades. Nos casos mais graves podem ocorrer ilusões ou alucinações transitórias e também convulsões. Nesse episódio do PQU Podcast, o Vinícius e eu conversamos sobre fundamentos e diferentes facetas do manejo desta síndrome.
O Professor Miguel Roberto Jorge é um exemplo de dedicação à vida acadêmica e associativa. Fez de tudo um pouco, como ele próprio diz, na Unifesp; foi Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Diretor da Associação Mundial de Psiquiatria, Diretor da Associação Médica Brasileira e atualmente é o Presidente da Associação Médica Mundial. Temos certeza de que você vai apreciar tanto quanto nós a conversa que tivemos com ele.
Ao longo da história da psiquiatria, observa-se oscilação entre uma visão biológica e outra mentalista das doenças mentais. Existe na nossa especialidade esse movimento pendular entre duas formulações aparentemente antitéticas: de um lado, a crença de que a origem dos transtornos psiquiátricos é exclusivamente mental (uma psiquiatria sem cérebro), e, do outro, de que seria puramente cerebral (uma psiquiatria sem mente). Será possível um meio-termo? Acreditamos que sim.
O meio cultural em que o paciente cresceu e vive tem impacto direto na maneira como percebe seu sofrimento mental e como comunica seus problemas. O entrevistador diligente se vale de estratégias de entrevista que o auxiliam a contornar a barreira causada por diferenças culturais, facilitam o planejamento do tratamento, promovam a adesão e aumentem a satisfação do paciente com o atendimento.
Um artigo me chamou atenção quando lia uma revisão sistemática com metanálise sobre a utilidade da testagem farmacogenética na obtenção de remissão de depressão com tratamento farmacológico. É ele que será destrinchado nesse episódio do PQU Podcast, aliás, um típico representante do estilo pague um e leve dois. Ou melhor, escute a leitura crítica de um artigo e leve, de lambuja, a de outro. Além disso, escutando nesse episódio você receberá mais uma dose do nosso esquema de imunização contra tapeações travestidas de ciência de ponta.
É durante a já difícil tarefa de colher dados válidos e fidedignos sobre uma variedade de sinais e sintomas que o psiquiatra precisa, de maneira habilidosa e sutil, conduzir uma entrevista que permita e estimule o paciente a narrar as histórias de sua vida, seus sentimentos, suas opiniões, os valores que norteiam suas escolhas. No episódio de hoje do PQU podcast vamos falar sobre essa complexa tarefa.
Em 1960, Max Hamilton publicou, no inexpressivo Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, artigo intitulado “Uma escala de avaliação para Depressão”. Esse foi o começo da saga que vou contar. A Escala de Hamilton para Depressão se transformou em padrão ouro para avaliação de resultados de tratamento até que, a partir dos anos 1990, perdeu a realeza. Além disso, nesse episódio do PQU Podcast comentarei algo sobre a contribuição dessa escala de avaliação para a mudança da visão que se tinha de depressão, de uma doença crônica, grave e de evolução lenta para um transtorno que poderia ser leve, caracterizado por episódios, tratável e até curável. Então, senta que lá vem história. E das boas.
Como na milenar parábola dos cegos que tentam decifrar as formas de um elefante, nós tentamos, a partir de diversas disciplinas distintas, entender toda a complexidade do transtorno depressivo maior e seu tratamento. O psiquiatra e pesquisador Charles Nemeroff escreveu uma revisão sobre o assunto, e é isto que vou apesentar e comentar para você neste episódio do PQU Podcast!
O clonazepam é, nas últimas décadas, um dos benzodiazepínicos mais vendidos no mundo todo. Nesse episódio do PQU Podcast conto sua trajetória desde o lançamento, em 1975. Ele que já foi o patinho feio e que hoje parece um cisne, será mesmo tudo isso? Tão melhor que seus irmãos de sangue? Escute e tire suas conclusões.