Episódio #77 – Aequanimitas

William Osler é um dos ícones da medicina, sendo inclusive por alguns referido como o pai da medicina moderna. Em 1889, no discurso de despedida da Universidade da Pensilvânia, intitulado “Aequanimitas”, destaca duas características do médico necessárias para a boa prática clínica, para o bom desempenho na vida em geral e que contribuiriam para o sucesso profissional tanto quanto auxiliariam no trato com os infortúnios e insucessos. São elas a imperturbabilidade e a equanimidade.

Episódio #73 – Salsichas e classificações psiquiátricas

Em um simpósio de psiquiatria aqui em Ribeirão Preto, há muitos e muitos anos, eu coordenava uma mesa redonda sobre classificação em psiquiatria quando pela primeira vez ouvi a analogia entre classificações psiquiátricas e salsichas: ninguém sabia direito o que tinha nelas e nem como eram feitas. Não é verdade que não se sabe o que uma classificação psiquiátrica contém. Transtornos mentais, obviamente, conforme sua concepção na época em que foi feita a elaboração nosológica. Apesar das críticas aos sistemas de classificação atuais, DSM-5 e CID-11, mostramos nesse episódio que ainda não foi encontrada uma alternativa à altura do que já temos.

Episódio #72 – Donald Klein e a descrição do Transtorno de Pânico

Em 1964, Donald Klein publicou um artigo intitulado "delineamento de duas síndromes de ansiedade responsivas a medicamento" em que descreveu com detalhes o efeito terapêutico diferencial da imipramina em pacientes com ansiedade episódica. Esse é o clássico que comentamos no episódio de hoje. Tivemos também o cuidado de recuperar o contexto em que se deu essa publicação, um marco na história da psicofarmacoterapia e um bom exemplo da contribuição da psicofarmacologia clínica para a nosologia psiquiátrica!

Episódio #70 – PQU entrevista Valentim Gentil Filho

O Prof. Valentim Gentil Filho é Professor Titular de Psiquiatria da FMUSP desde 1994. Suas áreas de interesse profissional incluíram mecanismos de regulação do humor normal; a importância da angústia como resposta emocional; a contribuição da maconha na gênese de transtornos mentais; e o aprimoramento dos serviços e políticas públicas de saúde mental. Na generosa entrevista que nos concedeu falou delas e de muitas passagens de sua vida profissional, além de ter compartilhado conosco um pouco de sua erudição e sólida formação em psiquiatria.

Episódio #69 – O fechamento da Entrevista Psiquiátrica

Com esse episódio do PQU Podcast completamos a série sobre a estrutura da entrevista psiquiátrica. Nele abordamos a fase de fechamento da entrevista, a que vem em seguida ao corpo da entrevista. O fechamento é feito em aproximadamente 15 minutos – de uma entrevista padrão de 50 minutos – e é a fase em que o médico mais fala, valendo-se da orientação terapêutica, que engloba explanação sobre as hipóteses diagnósticas, sobre o que se deve esperar do tratamento e o esclarecimento de dúvidas que certamente aparecerão.

Episódio #68 – Refratário, Resistente ou de Difícil Manejo?

Aquele seu paciente, independentemente do diagnóstico – depressão, TOC, transtorno de pânico ou esquizofrenia – e que não está evoluindo bem depois de pelo menos três tratamentos corretamente realizados (em termos de duração e dose de medicamentos ou de técnica, frequência e aproveitamento de abordagens psicoterápicas) provavelmente será considerado portador de um quadro resistente, refratário ou, de maneira mais realista, a nosso ver, de difícil manejo.

Episódio #66 – Psiquiatria personalizada. O futuro chegou?

No congresso do Colégio Europeu de Neuropsicofarmacologia ocorrido em outubro/2018 o tema dominante foi a psiquiatria personalizada. Mas isso já é uma realidade? Em que medida em nossa especialidade já é possível acompanhar a onda da medicina de precisão vista em outras especialidades médicas?

Episódio #64 – Pseudodemência ou Pseudodepressão?

Pseudodemência foi um diagnóstico relativamente frequente até os anos 1990 para se referir a quadros depressivos graves em idosos, acompanhados de déficits cognitivos. Atualmente, com os avanços no estadiamento neuropatológico da Doença de Alzheimer, o cenário se inverteu. Alguns dos casos de pseudodemência na verdade podem ser pseudodepressão, quadro depressivo secundário devido às lesões neurodegenerativas características do Alzheimer, mas restritas aos núcleos do mesencéfalo, estágio em que não haveriam ainda manifestações cognitivas.

Episódio #62 – Como ler um artigo científico

Inauguramos com esse episódio uma nova seção do PQU Podcast, que denominamos “Leitura Crítica”. A ideia é apresentar-lhe artigos científicos chamando atenção para seus pontos fortes e fragilidades. Com isso em mente, achamos que seria justo e poderia ser interessante que descrevêssemos nosso método de leitura de um artigo científico. Seguramente não é o único, mas foi desenvolvido e apurado ao longo de décadas de muitas e muitas leituras e análises crítica de artigos científicos.