Neste episódio do PQU Podcast faço leitura crítica de estudo publicado em março/2020, na Journal of the American Geriatrics Society, intitulado “O risco de ferimentos na cabeça associado com uso de antipsicóticos em pessoas com Doença de Alzheimer”. Ele, à primeira vista, me pareceu muito bem feito. Vamos checar juntos.
Chegou a hora de falarmos de Transtorno de Ajustamento, considerado útil e necessário por muitos, ao mesmo tempo relegado a uma categoria inferior de diagnóstico por outros. Finalmente a psiquiatria parece começar a dar a devida atenção a este “patinho feio” dos diagnósticos psiquiátricos.

Nesse episódio do PQU Podcast apresentarei o primeiro estudo controlado que demonstrou de modo conclusivo a importância de eventos de vida estressantes na gênese de quadros depressivos, realizado pelo psiquiatra britânico Eugene Paykel e colaboradores. Apresentarei também um estudo subsequente em que eles demonstraram a participação de eventos de vida em recaídas de depressão tratada. Em ambos foram incorporados avanços metodológicos que permitiram que se esclarecesse o vínculo causal entre eventos de vida e a gênese e a evolução de transtornos psiquiátricos, linha de pesquisa que contribuiu decisivamente para o que hoje se denomina epigenética.

Em tempos de pandemia do COVID-19 conversamos com o Prof. José Toufic Thomé. Ele é Professor do Instituto Sedes Sapientiae, Presidente da Unidade de São Paulo da Rede Ibero-Americana de Eco-bioética, Chair da Seção de Crises e Desastres da World Psychiatric Association, membro honorário do World Council for Psychoterapy e, como tal, participante da Comissão de Saúde Mental do Conselho Econômico da ONU; membro da Federação Latinoamericana de Psicoterapia e da Associação Médica Líbano-Brasil. É co-autor do livro “Intervenção em situações limite-desestabilizadoras. Crises e traumas”, publicado em 2009. Vale a pena ouvir as considerações que ele fez sobre o momento por que estamos passando.

E o novo coronavírus chegou no Brasil! Estamos passando por uma crise sem precedentes. E então resolvemos fazer um episódio com o resumo das evidências do impacto do isolamento social realizado com o intuito de retardar a curva de contaminação da população para impedir o colapso do sistema de saúde. Todos em isolamento? Vamos então ver como nós psiquiatras podemos ajudar!

Em 2006 foi publicado o primeiro ensaio clínico de cetamina no tratamento de depressão refratária. Nos últimos 14 anos o número de estudos sobre o tema aumentou exponencialmente. Apesar dos achados promissores – alguns verdadeiramente bons demais – temos ainda alguma relutância quanto ao uso disseminado da cetamina e de seu derivado, a escetamina, no tratamento de pacientes com depressão. Os dados ainda são poucos, podem ocorrer efeitos dissociativos mesmo em doses baixas e o potencial para abuso e dependência não está claro.

No episódio número 37 do PQU Podcast apresentamos e discutimos um artigo clássico intitulado “On being sane in insane places”, e não pegamos leve nas críticas! Um livro recém lançado, “The great pretender”, não apenas confirma nossas desconfianças como desmascara uma das maiores fraudes da história da psiquiatria e psicologia.

Nesse episódio do PQU Podcast apresento revisão sobre diagnóstico e tratamento de depressão refratária, ressaltando que denominar um quadro de refratário implica em duplo diagnóstico: do transtorno e da refratariedade. Dependendo da definição utilizada, a depressão refratária ou resistente ao tratamento acomete até 30% dos pacientes com depressão. Mesmo esses casos de difícil manejo podem remitir com tratamento sequencial particularizado realizado de acordo com as evidências disponíveis, sem invencionices.