A síndrome de abstinência ao álcool costuma ocorrer quando um paciente com transtorno do abuso do álcool grave, um bebedor pesado, interrompe seu uso abruptamente. O quadro clínico inclui, em intensidade variada, manifestações de hiperatividade autonômica, ansiedade, insônia, agitação, náusea, vômitos e tremores de extremidades. Nos casos mais graves podem ocorrer ilusões ou alucinações transitórias e também convulsões. Nesse episódio do PQU Podcast, o Vinícius e eu conversamos sobre fundamentos e diferentes facetas do manejo desta síndrome.
O Professor Miguel Roberto Jorge é um exemplo de dedicação à vida acadêmica e associativa. Fez de tudo um pouco, como ele próprio diz, na Unifesp; foi Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Diretor da Associação Mundial de Psiquiatria, Diretor da Associação Médica Brasileira e atualmente é o Presidente da Associação Médica Mundial. Temos certeza de que você vai apreciar tanto quanto nós a conversa que tivemos com ele.
Ao longo da história da psiquiatria, observa-se oscilação entre uma visão biológica e outra mentalista das doenças mentais. Existe na nossa especialidade esse movimento pendular entre duas formulações aparentemente antitéticas: de um lado, a crença de que a origem dos transtornos psiquiátricos é exclusivamente mental (uma psiquiatria sem cérebro), e, do outro, de que seria puramente cerebral (uma psiquiatria sem mente). Será possível um meio-termo? Acreditamos que sim.
Um artigo me chamou atenção quando lia uma revisão sistemática com metanálise sobre a utilidade da testagem farmacogenética na obtenção de remissão de depressão com tratamento farmacológico. É ele que será destrinchado nesse episódio do PQU Podcast, aliás, um típico representante do estilo pague um e leve dois. Ou melhor, escute a leitura crítica de um artigo e leve, de lambuja, a de outro. Além disso, escutando nesse episódio você receberá mais uma dose do nosso esquema de imunização contra tapeações travestidas de ciência de ponta.
Em 1960, Max Hamilton publicou, no inexpressivo Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, artigo intitulado “Uma escala de avaliação para Depressão”. Esse foi o começo da saga que vou contar. A Escala de Hamilton para Depressão se transformou em padrão ouro para avaliação de resultados de tratamento até que, a partir dos anos 1990, perdeu a realeza. Além disso, nesse episódio do PQU Podcast comentarei algo sobre a contribuição dessa escala de avaliação para a mudança da visão que se tinha de depressão, de uma doença crônica, grave e de evolução lenta para um transtorno que poderia ser leve, caracterizado por episódios, tratável e até curável. Então, senta que lá vem história. E das boas.
O clonazepam é, nas últimas décadas, um dos benzodiazepínicos mais vendidos no mundo todo. Nesse episódio do PQU Podcast conto sua trajetória desde o lançamento, em 1975. Ele que já foi o patinho feio e que hoje parece um cisne, será mesmo tudo isso? Tão melhor que seus irmãos de sangue? Escute e tire suas conclusões.
Em 2009, O NIMH, National Institute of Mental Health, o instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, lançou o RDoC, abreviação de Research Domains Criteria, como uma maneira de organizar a pesquisa básica em neurociência com a pretensão de fundamentar novo sistema de diagnóstico em psiquiatria. Nesse episódio do PQU Podcast apresento o RDoC para, a seguir, criticá-lo e dar nossa opinião sobre o assunto.
O Prof. Kapczinski é psiquiatra, Titular licenciado do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Pesquisador 1-A do CNPq (licenciado), Professor do Departamento de Psiquiatria e Neurociências comportamentais e Diretor do Programa de Pós-graduação em Neurociências da McMaster University, em Montreal, no Canadá. A conversa com o Flávio foi, para nós, muito agradável e verdadeiramente inspiradora. Para você, ouvinte, é absolutamente imperdível. Aproveite!
Em 1986 a buspirona recebeu aprovação do FDA para tratamento de pacientes com transtorno de ansiedade generalizada. No Brasil, passou a ser comercializada um pouco depois, em 1990. É um medicamento que deve fazer parte do arsenal psicofarmacológico de todo psiquiatra, a meu ver o especialista com condições para prescrevê-lo como se deve com chance de obter algum resultado terapêutico.
Significância estatística e relevância clínica se referem a dois aspectos complementares da pesquisa biomédica. O primeiro tem a ver com a confiabilidade dos achados. O segundo com sua importância para a prática clínica. Existem resultados que são estatisticamente significativos e clinicamente relevantes. Há também os que têm relevância clínica, mas não significância estatística. A avaliação da relevância clínica dos resultados estatisticamente significativos da pesquisa é crucial para que se faça a transferência de conhecimento da pesquisa para a prática clínica.