Nesse episódio apresento e comento a segunda edição do livro “The perspectives of psychiatry”, de Paul McHugh e Phillip Slavney, professores da Johns Hopkins School of Medicine, de 1998. Sua proposta pluralista para a psiquiatria, inspirada na fenomenologia de Karl Jaspers, é considerada muito válida por conta do rigor metodológico com que trata as observações; de seu ecumenismo, desapegada de correntes ou partidos científicos; e do ceticismo necessário para se lidar com propostas simplistas para problemas complexos.

O que fazer quando diante de paciente em uso de esquema medicamentoso complexo, montado por outro colega, ou por mais de um, que veio se tratar consigo? Neste episódio do PQU Podcast conversaremos sobre como desconstruir e depois reconstruir esquema de polipsicofarmacoterapia. Como se faz isso? Basicamente, de duas maneiras, excludentes: do jeito certo ou do jeito errado. Apresentaremos um modo correto de fazê-lo. Não é seguramente o único, mas fundamentado em bom senso e raciocínio clínico estruturado.

Prólogo, abertura, corpo, fechamento e finalização, é assim que muitos autores e nós do PQU Podcast categorizamos as fases da entrevista médica. Já foram tema de episódios do PQU Podcast o prólogo, a abertura e a finalização. Hoje falo com você sobre o Corpo da entrevista. Trata-se das mais longa das fases e quando o médica necessita conduzir uma coleta de dados grande e minuciosa que embase seu diagnóstico e encaminhamento terapêutico.

O Prof. Marcelo Pio de Almeida Fleck é psiquiatra, Professor Titular de Psiquiatria do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde graduou-se em Medicina e fez residência, mestrado e doutorado. Fez pós-doutorado na Universidade McGill, em Montreal, e é Coordenador do Grupo de Qualidade de Vida da OMS no Brasil. Suas principais linhas de pesquisa são diagnóstico e tratamento dos transtornos do humor e avaliação de qualidade de vida em pacientes com transtornos mentais.

A depressão na terceira idade, nas suas diversas formas, é o transtorno mental mais comum nessa faixa etária. Apesar disso, e do impacto negativo na qualidade de vida e, mais ainda, do fato de ser tratável, ainda é subdiagnosticada e tratada de modo inadequado. Para esse episódio do PQU Podcast fizemos compilação e síntese de vários artigos de revisão sobre o manejo da depressão em idosos.

Um paciente agitado e com potencial para tornar-se agressivo é uma das situações mais desafiadoras na psiquiatria e pode desestabilizar mesmo as Unidades de Emergência mais bem estruturadas, as equipes mais bem treinadas os médicos mais experientes. No episódio de hoje misturei evidências e experiência para organizar um protocolo básico para o atendimento de pacientes agitados. Espero que gostem!

Neste episódio do PQU Podcast apresentamos e comentamos um algoritmo para o tratamento farmacológico do Transtorno de Ansiedade Generalizada elaborado pelo programa de residência em psiquiatria Harvard South Shore, vinculado à Faculdade de Medicina de Harvard. Lembre-se de que o TAG é muito frequentemente comórbido com outros transtornos psiquiátricos, fato que deve ser levado em conta quando se prescreve um medicamento para auxiliar no seu controle.

Iatrogenia é alteração patológica causada no paciente por procedimento médico de qualquer tipo, seja diagnóstico ou terapêutico. Nesse episódio do PQU Podcast aborda-se a iatrogenia farmacológica em psiquiatria; os danos provocados no paciente por medicamentos prescritos pelo psiquiatra. Mais especificamente, fala-se de discinesia tardia, síndrome maligna do neuroléptico e dependência a benzodiazepínicos, mas a revisão engloba também a maioria dos efeitos colaterais e complicações do uso de psicofármacos.

Como nós clínicos podemos responder a questionamentos de nossos pacientes a respeito da relação entre maconha e transtornos psiquiátricos? Esta tarefa pode ser particularmente difícil em época de paixões sobre o tema. Legalização, descriminalização, uso medicinal, tudo isto pode desviar o assunto daquilo que realmente interessa entre as quatro paredes de um consultório médico: o impacto do uso da cannabis para o paciente e seu tratamento.

Os dois grandes sistemas de diagnóstico psiquiátrico em vigor, o DSM e a CID, incluem como critério definidor de transtorno mental o grau de prejuízo que ele acarreta, já que não existem marcadores biológicos para os transtornos mentais. Mas será que, quando e se forem descobertos tais marcadores, esse critério será descartado? Achamos que não.