O TOC se caracteriza por obsessões (pensamentos, imagens e impulsos mentais recorrentes) ou compulsões (comportamentos repetitivos, rituais e contrapensamentos), frequentemente acompanhados de comportamentos de evitação. Por muito tempo, ele foi considerado pouco frequente. Sua prevalência hoje é estimada entre 1 a 3% da população, bem maior do que se pensava. Não só isso mudou. Neste episódio do PQU Podcast apresento revisão atualizada sobre diagnóstico e tratamento do TOC.

Nesse episódio descrevo e comento os principais artigos derivados do estudo CATIE - “Clinical Antipsychotic Trials of Intervention Effectiveness” – concebido, patrocinado e realizado pelo NIMH, com o intuito de verificar a efetividade de antipsicóticos de segunda geração em comparação com um de primeira geração. Seus resultados, alguns surpreendentes e outros previsíveis, enriqueceram os debates sobre a eficácia relativa dos antipsicóticos e nosso entendimento sobre seu valor terapêutico e as verdadeiras diferenças entre os diferentes tipos de medicamentos dessa classe.

O STAR*D, cuja tradução livre seria “Alternativas sequenciais de tratamento para aliviar a depressão” foi um grande estudo multicêntrico idealizado com a intenção explícita de preencher a lacuna existente entre a pesquisa e a clínica no que diz respeito ao tratamento medicamentoso de pacientes ambulatoriais com depressão recorrente e sem sintomas psicóticos. Ele forneceu dados empíricos robustos, uma vez que derivados de acompanhamento de pacientes bem parecidos com os que vemos na nossa prática, que passam a subsidiar decisões do cotidiano de um consultório psiquiátrico.

Neste episódio vou apresentar um artigo que investiga as chances de uma paciente desenvolver Esquizofrenia ou Transtorno Bipolar após um diagnóstico de Transtorno Psicótico Induzido por Substâncias. Além disto teremos a participação do Dr Gabriel Elias de Oliveira, supervisor do Ambulatório de Primeiro Episódio Psicótico, que descreveu o protocolo deste serviço de referencia ao diagnosticar um pacientes com Episódio Psicótico Induzido.

Neste episódio apresento os resultados de um levantamento feito na França mostrando uma clara dissociação entre teoria e prática na prescrição de antidepressivos por psiquiatras. Não há porque imaginar que em nosso meio seja diferente e isso nos força a uma reflexão sobre o assunto com vistas ao aprimoramento de nossa prática clínica.

Algumas vezes médicos e pacientes esperam resultados diferentes do tratamento a que ambos estão dedicando-se. Esta discordância pode gerar um impasse na relação médico paciente e influenciar até mesmo os resultados de tal tratamento. O estudo que apresento neste episódio ilumina esta questão com alguns dados científicos.